imolação
prostrada, medito
com as mãos costuradas
na carne, mapeando
sôfrega
os extremos,
as texturas,
mil desejos;
incendeio
sem medo
com a boca prenhe
de líquidos --
queimo
onde amo arder
de joelhos.
me entrego a arder
de joelhos
em todos os meus templos,
recantos onde meus gemidos
já não são gemidos,
mas cânticos.
o meu cio é uma prece
que requer sacrifícios.
e eu incendeio,
mas silencio
se não interessar
compartilhar
meus gemidos.
mas incendeio
aos gritos
se entram comigo
no âmago
dos ritos.
incendeio e queimo
no caminho vermelho.
incendeio e queimo
até no caminho do meio.