salvo a sim mesmo a beira de um barranco

casa bela tarde

negra, tarde finda

noite sentida.

no rio que nos

passa, passa

o tempo, passa

a boiada, que no

seu mais longínquo

cio, nos aquece as

entranhas, que nada

sabe desse mundo

que aqui fora existe

um palco, um trono

um outro abismo diferente

daquele, no outro

que me olha e não

me encontra, salvo

a si mesmo, a beira

de um barranco

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 15/06/2015
Código do texto: T5278388
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