salvo a sim mesmo a beira de um barranco
casa bela tarde
negra, tarde finda
noite sentida.
no rio que nos
passa, passa
o tempo, passa
a boiada, que no
seu mais longínquo
cio, nos aquece as
entranhas, que nada
sabe desse mundo
que aqui fora existe
um palco, um trono
um outro abismo diferente
daquele, no outro
que me olha e não
me encontra, salvo
a si mesmo, a beira
de um barranco