Ferve de fevereiro

Aquele céu azul turquesa em desvario me olhou sem fim,

Aquele pérfido desvio que abrolhou em mim;

Tal tiro de festim que acerta minhas árduas cobiças,

Meus veios, meus velhos/novos embustes e premissas.

Sou andarilho com zelo de outrora malandro sagaz,

Sou saga, lenda, mito ou talvez nem e nada disso;

Abdico da necessidade de expor o que fui ou sou; já expondo;

Paparico a dona rica do amigo, bom, antigo, verde e grená alambique.

Dito-lhe ao pé do ouvido:

“verde-bílis com preto, verde-bílis com branco,

verde-bílis com verde-nilo, seu primo distante.”

- Li isso em algum lugar;

Acho que poderíamos repintar e avivar os quatro cantos.

O céu agora nublado e um assanhado sanhaço cantando,

Como um tablado branco e você dançando seus passos;

Foram descentes decentes, goela abaixo, quatro copos “quentes”:

(quatro pingas, quatro santos, quatro amigos, quarenta e quatro anos);

Peça imaginária, som e luminária, alma incendiária e (pra rimar)...

Ela – metade marcante da minha faixa etária.

André Anlub

(4/2/15)

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