Loucura.
É uma taça de vinho, queijo, inverno, lareira.
É tocar, olhar, acariciar como brincadeira.
Loucura é rolar no tapete da sala, descalço, de meia.
É desbravar no aconchego do quarto, descobrir, ser descoberto
a noite inteira.
É sonhar sem se importar, é viver, é sorrir, é amar de qualquer
maneira.
Loucura é amar no amanhecer, no entardecer, até o anoitecer.
É o corpo que arde, que implora, que chama, que quer querer.
Loucura é o café na cama, jantar a dois e não precisar ter o que
dizer.
Loucura mesmo é tudo isso e não ter você.
Mário De Oliveira