Matar meus poemas

Hoje acordei disposto,

A matar meus poemas inúteis

Porque deles eu desgostei

Ou talvez jamais tenha gostado.

Hoje acordei disposto a queimar

Oferece-los em holocausto

Pela insignificância que são

Inquisidor dos próprios sonhos tolos.

Revisei um a um,

Tentando definir uma ordem

Organizar um método.

Percebi que são gritos.

Tanto faz se saem da boca

Ou da alma,

Os gritos são livres do gritador,

Não importa se não os escutam.

Hoje acordei disposto,

A perpetrar um crime impossível.

Plainarão livres os meus poemas

Na sua (in)significância

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 15/06/2015
Reeditado em 15/06/2015
Código do texto: T5277677
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