NaCarne

E quando sofrimento apertava... tosava os cabelos

a dor saltava aos olhos

e o sorriso não aflorava

E quando a saudade chegava...tudo era vento frio da madrugada,

tudo era infeliz silêncio, tudo era falta de sonhos

tudo

era tormento

E quando a lembrança aflorava... tudo era fuga, correria de pensamentos,

visão límpida, alma turva, dor sem fim

e lágrima

E quando a dor machucava...cortava os cabelos como que corta um pedaço da carne esperando retirar

o mal

E quando tudo era dor,

uma beleza estranha, na loucura da fuga aflorava a tez

e tudo

era rancor

E quando tudo se tornou dor

o Amor era ferida, os dias eram frios

e lágrimas corriam feito rios

Amor?

E quando tudo era somente dor,

não entendia porque Amor se tornara

covardia,

tristeza

e melancolia

e resolveu pensar...

cortar

na carne...

e

desamar.

Brasília, DF - 2012.

- Do imaginário poético.

VivianMariaMaranhão
Enviado por VivianMariaMaranhão em 15/06/2015
Reeditado em 16/06/2015
Código do texto: T5277595
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