Inefável
Dias nublados,
carros quebrados,
é a paz que quero.
Sol a céu aberto,
dias incertos
e loucuras verdes
do pensamento moderno.
É a paz que eu quero.
Discussão entre iguais
num mantra batido
que soa como latido do inferno.
Mas é a paz que eu quero.
A paz que me deixa escrever
no mundo da solidão
sem perder a ternura e a paixão
que, pela vida, venero.