Eu sei
Eu sei que não importa
A palavra exposta
Na escuridão do olhar
Que desliza
Em todos os momentos
Da vontade de amar a vida
Na rota da noite em fuga
A degustar em partes
Os fragmentos das horas
De um silêncio rude
Que descola em nuvens
E atravessa
Os mares e todas as ondas nuas
Como uma página
Acuada na chuva sem tempo
Lá nos verões passados
Onde tudo secou
Dando um nó
Na margem frustrada e carente
Da minha vontade frágil
Que respingava em gotas
No orvalho trêmulo
E cortava a vida em fatias
Para postar os sonhos
De uma vida livre
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