Memórias quebradas

És para mim poesia dos meus dias

Meu peito apenas uma pista de pouso

A oferenda da minha devoção

Na plena certeza de não amar mais ninguém.

Dentro de mim povoam muitas galáxias

Sou uma vastidão de planetas inabitados

Sou um horizonte de poemas

Sou navegante do mar da solidão.

Sou viajante do universo

E não me agrada provocar os dragões

Habitantes do solitário astro

Sombra daquilo que me chateia

Nos tempos amargos e sem graça

Feito aromas que me chegam atrasados

Nos sabores dos pratos degustados.

Na magia de uma estrela cadente

Aponto para o céu e faço um pedido.

As lagrimas caem salgadas

Entre as feridas que ela mesma rasgou.

Percebendo as lacunas que existiam em mim

Meu silêncio grita sem voz.

E em tamanho desencanto

Vozes farpadas em memórias quebradas

Retratam resquícios de mim.

vanda costa
Enviado por vanda costa em 14/06/2015
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