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ESPERANÇA
(Sócrates Di Lima)

Eu perdi a esperança,
em amar quem não me queria,
É como ouvir uma criança,
Em dizer o que ela não queria.

O importante é nunca desistir,
e só o fazer quando não mais sentir,
E reciproca de um querer,
Que se sabe, que não vai acontecer.

A esperança é uma velha surda,
Que nunca quer morrer,
Se faz eternamente surda,
Para ninguem nela descrer.

Esperar é ter paciência...
É ter a virtude da hora propria,
Porque esperar tem relevância,
Quando a fé da alma se apropria.

O que seria do amanhã,
Se não houvesse a esperança,
É como sentir o cheiro da maçã,
No limiar de um dia d etotal bonança.

Estado do mar em comunhão,
é quando o tempo voltar
a ser propício à navegação,
De um doce marejar.

Eu não desisto assim tão fácil,
Só quando fala mais alto a minha razão,
Em entender o que é mais dificil,
Se manter na eterna emoção.

E assim, para tudo há esperança,
Até para um novo amor,
Como o futuro é para a criança,
Que nunca a perde, antes de morrer.

Esperança de ver o amor chegar,
Em vestes brancas correndo pela relva,
E em corpos unidos em solo despojar,
O sentido do amor que o destino reserva.
 

 






 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 13/06/2015
Reeditado em 08/07/2015
Código do texto: T5276042
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