JANELAS
No infinito azul,
não mais o horizonte
nem mais tucanos, colibris, borboletas
não mais o infinito azul me visita
em tardes quentes,
nem as brumas de frias manhãs,
não mais o silêncio do cerrado.
Restou-me seguir
rumo a outros infinitos
quem sabe resgatar estrelas e arco-íris
e aquele eterno rezar pelo impossível.
Janelas blindex e asfalto
me cerceiam
não as encravo no peito!
(Oneida Resende)