JANELAS

No infinito azul,

não mais o horizonte

nem mais tucanos, colibris, borboletas

não mais o infinito azul me visita

em tardes quentes,

nem as brumas de frias manhãs,

não mais o silêncio do cerrado.

Restou-me seguir

rumo a outros infinitos

quem sabe resgatar estrelas e arco-íris

e aquele eterno rezar pelo impossível.

Janelas blindex e asfalto

me cerceiam

não as encravo no peito!

(Oneida Resende)

Oneida Resende
Enviado por Oneida Resende em 13/06/2015
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