Morada

Sou, quem sabe,

um pequeno pássaro

quase sempre aristocrático

em dias de chuva, durmo,

em dias de sol, renasço!

Avantajo minhas penas,

empino meu peito

e ascendo impulsionado,

rumo ao deserto da alma

de grandes nomes,

eu sei.

Mas, ali, nada faço...

Apenas ensaio um lugar

um pouso de mim,

como numa orquestra,

bem ensaiado, saio,

danço, embalo momentos ...

Em que adeus terei que dizer,

sem querer,

ou como num canto louvável

eu peça:

_ Mores! ...

... deixa-me pousar

seguro!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 13/06/2015
Reeditado em 13/06/2015
Código do texto: T5275650
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