Morada
Sou, quem sabe,
um pequeno pássaro
quase sempre aristocrático
em dias de chuva, durmo,
em dias de sol, renasço!
Avantajo minhas penas,
empino meu peito
e ascendo impulsionado,
rumo ao deserto da alma
de grandes nomes,
eu sei.
Mas, ali, nada faço...
Apenas ensaio um lugar
um pouso de mim,
como numa orquestra,
bem ensaiado, saio,
danço, embalo momentos ...
Em que adeus terei que dizer,
sem querer,
ou como num canto louvável
eu peça:
_ Mores! ...
... deixa-me pousar
seguro!