NA SOLIDÃO SOU BEM MAIOR

PARTE 01

Na solidão sou bem maior,

E não há fragmentos de nomes,

Nem residiu de momentos,

Nem sequer h á resto de poemas mal feitos,

Nem tão pouca a lúcida depravada moral cristã do pecado.

Na solida sou bem maior.

Minha solida não é tristeza

Minha solidão é multidão,

É festa,

É de quem exato,

Só,

Entende toda dimensão!

Na solidão sou bem maior.

E carrego tão pouco barro da minha rua,

Tão poucas vozes me veem na noite,

A cidade é bruta, e só que dorme,

É quem não soube amar!

Na solidão os mortos gozam...

Tão estreito minhas palavras finge louvor,

E bebo tão amargamente as minhas pessoas,

Principalmente as de casa!

Há dose de gente;

Deixai...

Só o poeta não quebra a voz!

Na solidão sou bem maior.

Talvez,

Só quem me rejeita é que me respeita.

Talvez,

Não somos dois...

Talvez,

Não haja nada!

Que bom seria.

Talvez...

Tenhamos solidão junto!

Talvez,

Nada sirva.

Na solidão sou bem maior!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 12/06/2015
Código do texto: T5275328
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