NA SOLIDÃO SOU BEM MAIOR
PARTE 01
Na solidão sou bem maior,
E não há fragmentos de nomes,
Nem residiu de momentos,
Nem sequer h á resto de poemas mal feitos,
Nem tão pouca a lúcida depravada moral cristã do pecado.
Na solida sou bem maior.
Minha solida não é tristeza
Minha solidão é multidão,
É festa,
É de quem exato,
Só,
Entende toda dimensão!
Na solidão sou bem maior.
E carrego tão pouco barro da minha rua,
Tão poucas vozes me veem na noite,
A cidade é bruta, e só que dorme,
É quem não soube amar!
Na solidão os mortos gozam...
Tão estreito minhas palavras finge louvor,
E bebo tão amargamente as minhas pessoas,
Principalmente as de casa!
Há dose de gente;
Deixai...
Só o poeta não quebra a voz!
Na solidão sou bem maior.
Talvez,
Só quem me rejeita é que me respeita.
Talvez,
Não somos dois...
Talvez,
Não haja nada!
Que bom seria.
Talvez...
Tenhamos solidão junto!
Talvez,
Nada sirva.
Na solidão sou bem maior!