Encanto.
De minha sacada, feliz observava minha adorada.
Pulando, correndo, brincando como criança tímida,
bela, meiga, linda.
Ao vento, seus cabelos loucamente agitados, eram tempestades
inocentes e sem maldade no meu inconsciente.
Sua voz era delicada, era flor, era suave, como se tivesse sabor.
Seus olhos, que o tempo apagou-me a cor, deixando-me apenas uma
inesquecível lembrança do seu olhar vibrante, envolvente, cativante.
Fascinante, leváva-me a sonhar, desejá-la como nunca antes.
Como doía dividi-la com olhares maliciosos, maldosos,
ávidos e afoitos por sua inocência frágil, forte, doce.
Confesso, queria tomá-la, raptá-la mesmo, escondê-la de todos, como se
minha fosse.
Só, fiquei a comtemplar, admirando de minha sacada , minha menina,
menina moça, mulher amada.
Mário De Oliveira