Acima da alienação.

Andando através do deserto de medo.

Bem dentro da selva de concreto.

Coisas que desaparecem e as pessoas também.

Engoliu à seco, para a garganta profunda.

Mãos sujas, fora das muralhas.

Faça de conta que irão aparar a sua queda.

Água, apenas em seus calcanhares.

E mesmo assim, você morre sufocado.

Será, que o seu grito ecoa agora?

Porque eu estou aqui e eu não ouço.

Minha boca está seca, apenas sangra.

Resultado da última bofetada.

Nós devemos fingir.

Nós os heróis de areia.

Eles nos molham muito.

E fazem alguns bonecos de barro.

Neste escuro, de luzes ofuscantes.

Sirenes do inferno e holofotes do Diabo.

Não há nenhum Deus, ou, mão para nos salvar.

Só um segundo de insanidade.

Permita que a mente vá um degrau acima.

Antes dos cães alcançarem o topo.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 11/06/2015
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5273998
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