Uma variante de um soneto de Sergio Mascarenhas

SONETO REDUCIONISTA:

ESPERANDO A MORTE

sergio mascarenhas

maio 2015

Desde que a própria vida inicia

É aí mesmo que a morte principia

E vai tudo de tropeço em tropeço

E o próprio fim nasce do começo.

Átomos e moléculas num crescendo

Se agregando num ballet sem fim

E a forma e função se remetendo

A buscas loucas entre o não e o sim .

E o tempo com seu cruel destino

Vai deixando as marcas de seus passos

Estruturas se rompendo em desatino

Ano a ano e a cada dia a dia

Destruindo ordens sequer deixando traços

Do que já foi vida e hoje é entropia .

Minha variante, feita com traduções de ida e volta no Google (5 vezes) a fim de geral mutações, e depois seleção e elaboração poética do autor (O. Kinouchi)

Desde que a vida começa

Isto é, quando começa a morte

Tudo aos tropeços tropeça

E o fim surge desde o início.

Átomos e moléculas em uma ascendente

Adicionando um ballet interminável

Forma e função se referenciam

Perseguição selvagem entre sim e não.

E o tempo em seu cruel destino

Deixa as marcas de seus passos

Estruturas quebradiças de loucura

A cada ano, cada dia, cada minuto

Destruindo ordens, aniquilando traços

Sua antiga vida é entropia escura.