O AMOR QUE PROCURO
Sou de outrora.
Sou de ontem.
Pertenço a um passado distante
onde o amor está sempre presente
e vagueia, distraído,
pé no chão,
indiferente
aos olhares curiosos,
e às bocas maledicentes.
O amor... o amor é vida!
É ele que dá cor às rosas
e perfuma as margaridas.
Traz luz aos olhos dos cegos,
cantarola em ouvidos moucos...
ri, gargalha,
às vezes chora.
Não se atém somente ao corpo:
rompe a rotina das horas,
ultrapassa a própria ausência,
reúne raças e crenças
as mais diversas,
e as transforma.
"É esse o amor que procuro
para iluminar meu escuro."
jan-1994