Do Flamboiã

Bom dia, meu confidente flamboiã!...

ouvinte, nesses momentos de mudez;

as flores da quietude, outra vez,

desabrocham nos ouvidos da manhã.

De dia ou de noite, é pra vocês

que o meu silêncio fala, no divã :

com a lua, a paciente irmã

e contigo, amigo da sensatez.

No vento da sua voz, que arrepia,

não é o frio, a razão dos meus tremores

mas o rubro-laranja das suas flores

que, amanhecido no buquê do dia,

perfuma os meus olhos de alegria...

causa febre, ao tirar as minhas dores.

10-06-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 10/06/2015
Reeditado em 11/12/2015
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