AUSÊNCIA
Lilian Maial
Amanheço vazia e sem bilhete.
Nada é azul ou primavera.
Nenhum caminho conduz à estrada.
Fui momento,
fui alento,
o calor que te deu luz.
Agora memória,
nome mal recordado.
Uma tarde,
um dia a mais.
E da viagem,
personagem de fotografia,
peça de quebra-cabeça trocado
- não me há encaixe.
Fiquei na estação,
à espera do trem,
enquanto voavas nos meus tormentos.
Saudade é prato do dia.
Fantasma é porteiro do peito.
E essa dor sem lágrima,
essa mania fetal de me encolher
e me abraçar,
ao menos assim,
o corpo solitário,
ávido por teus carinhos,
dependente do teu sorriso,
e completamente à mercê do teu amor.
Lilian Maial
Amanheço vazia e sem bilhete.
Nada é azul ou primavera.
Nenhum caminho conduz à estrada.
Fui momento,
fui alento,
o calor que te deu luz.
Agora memória,
nome mal recordado.
Uma tarde,
um dia a mais.
E da viagem,
personagem de fotografia,
peça de quebra-cabeça trocado
- não me há encaixe.
Fiquei na estação,
à espera do trem,
enquanto voavas nos meus tormentos.
Saudade é prato do dia.
Fantasma é porteiro do peito.
E essa dor sem lágrima,
essa mania fetal de me encolher
e me abraçar,
ao menos assim,
o corpo solitário,
ávido por teus carinhos,
dependente do teu sorriso,
e completamente à mercê do teu amor.
******