Despedida
Um olhar, um toque, um adeus.
Teu rosto perdia-se como um vulto,
oculto em caminhos que não eram os
meus.
Em lágrimas contive-me. Versos escreví,
uns bons, outros ruins. Loucos sim, e de tanto,
capazes foram por um instante, separar o
eu de mim.
E por mais que tentasse forte ser,
sentia-me como um rio ao nascer, pequeno,
frágil, agigantando-se em desesperada busca
pelo mar, até a morte encontrar.
Transbordando em suas margens, levando ao
longe amor, imagens que ficaram guardadas,
gravadas `a minha dor.
Manhã fria de inverno, muito chovia e triste como
despedida, depesdia-se de mim o tudo e um
pouco de minha vida.
Um adeus, um olhar, um amor que se perdia.
O adeus do amor de quem tanto queria.
Mario De Oliveira