das coisas
Que verdade, que as coisas existem e as
Sinto sem sua totalidade,
Que verdade, que as pesa
Dentro do interior da carne, na extensão dos ossos,
Na dobradura de suas mandíbulas,
Não
Não são palavras
Tem existência além do verbo
É feita de nada,
Nada mesmo
Encravado no espaço
No fundo da alma
neguei-as tanto
Muitas vezes, simplesmente por vaidade,
Neguei por fraqueza, por não ter prumo,
Perna, por não conhecer de perto os desertos,
Mas agora, na plenitude volumétrica do pulmão,
Vejo de perto sem devaneios, sua opacidade
Sua vivacidade, as coisas
Que em algum
Instante
De tão real
Nos devora