das coisas

Que verdade, que as coisas existem e as

Sinto sem sua totalidade,

Que verdade, que as pesa

Dentro do interior da carne, na extensão dos ossos,

Na dobradura de suas mandíbulas,

Não

Não são palavras

Tem existência além do verbo

É feita de nada,

Nada mesmo

Encravado no espaço

No fundo da alma

neguei-as tanto

Muitas vezes, simplesmente por vaidade,

Neguei por fraqueza, por não ter prumo,

Perna, por não conhecer de perto os desertos,

Mas agora, na plenitude volumétrica do pulmão,

Vejo de perto sem devaneios, sua opacidade

Sua vivacidade, as coisas

Que em algum

Instante

De tão real

Nos devora

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 09/06/2015
Código do texto: T5271668
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