Corações de Metal

Fera, fera, fera! De metal és,

clarão, bum, explode em meu peito já cansado:

rodas, borrachas, engrenagens e pesados papéis,

todo o mundo, roda, toda a Terra.

Lâmpadas, mercúrio, carbono esfumaçado,

fugaz são as pessoas e os sentimento, sensações, e

o mundo cabe na tela e no cabo, velozmente se

devora, se consome e a faca.

Ah! E a faca, de metal também são os corações

já frios e pesados, corta e sangra, corre, corre!

à condução suplico paciência, tenho que ir.

Viva la vida! Viva ao tempo já não fruído,

viva, viva, viva! Que não vivemos mais,

quisera eu ser metal, máquina e, então, explodir.