O Indigente

Perdeu o controle do tempo,

faz tempo que age assim,

perdido no vão da renúncia,

prenúncio encostando no fim.

Vive mesmo como um indigente,

carrega um sorriso sem graça,

e a fome dormindo ao lado,

nos becos e nos bancos da praça.

Enquanto os outros, nas mansões,

trabalham incansavelmente,

para aumentarem a desgraça, não só dele,

mas, também a nossa desgraça.

Sei que é indigesta, mas essa; é nossa realidade.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 08/06/2015
Reeditado em 13/09/2021
Código do texto: T5270481
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