SILÊNCIOS
Lilian Maial
Fico assim
acorrentada ao silêncio
na imposição de dias mudos.
Nada sei de mundos interiores
quando meu peito floresce.
Não me cabem subsolos
subterrâneos
subentendidos
quando a música que me toca
embala a saudade.
Fico assim
meio sem graça
com o corte no verbo
- essa navalha oculta -
que insiste em retalhar meu riso.
Recolho todas as notas da tua voz
ao me falar de amor.
O limbo não é lugar para elas.
Prefiro guardá-las em cativeiro,
atadas às minhas lembranças
de dias de sol.
Cai a chuva
escurece
chora o dia
como se cada estrela se escondesse
atrás do tempo
pra não mostrar aos olhos
o quanto tua voz nos faz brilhar.
Fico assim
um tanto melancólica
quando minhas mãos anseiam por passeios.
Busco tua pele na memória
teu cheiro caro
teu corpo limpo.
Encontro meu eco
e tudo me volta estridente,
enquanto de ti
só reconheço os silêncios.
******
Lilian Maial
Fico assim
acorrentada ao silêncio
na imposição de dias mudos.
Nada sei de mundos interiores
quando meu peito floresce.
Não me cabem subsolos
subterrâneos
subentendidos
quando a música que me toca
embala a saudade.
Fico assim
meio sem graça
com o corte no verbo
- essa navalha oculta -
que insiste em retalhar meu riso.
Recolho todas as notas da tua voz
ao me falar de amor.
O limbo não é lugar para elas.
Prefiro guardá-las em cativeiro,
atadas às minhas lembranças
de dias de sol.
Cai a chuva
escurece
chora o dia
como se cada estrela se escondesse
atrás do tempo
pra não mostrar aos olhos
o quanto tua voz nos faz brilhar.
Fico assim
um tanto melancólica
quando minhas mãos anseiam por passeios.
Busco tua pele na memória
teu cheiro caro
teu corpo limpo.
Encontro meu eco
e tudo me volta estridente,
enquanto de ti
só reconheço os silêncios.
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