Da Trindade

O meu bom querer bem, que não tem a querida

e que não quer, porém, perdê-la em meu peito

quando a noite vem, a procura direito

e encontra também a ternura perdida.

Nesse querer leve, que não pesa defeito,

o tempo é breve...a distância, vencida;

e quem se atreve? - a mudez atrevida!...

num calar de neve que gela...mas respeito!

Um amor-amizade, amiga amada!...

que é a metade do que não se partiu;

que sente saudade e nem sequer a viu;

amando a mulher mas, não, a namorada

num bem-querer que quer ser um bem e mais nada;

e, se você puder, sermos dois nesse trio.

07-06-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 08/06/2015
Reeditado em 11/12/2015
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