Meu avô já dizia... ria da sua própria estampa
Luciana Carrero
Eu que sempre fui tão burra
Levei da vida muito mais do que uma surra
E resolvi passar a ser inteligente
Agora como mais do que um cachorro quente
Mas, porém, todavia, entretanto, no entanto
Já que sempre fui burra, aprendi a não ser bésta
E sempre usei a minha beleza e meu encanto
Até que a beleza acabou antes do fim da festa
E me perguntam o que eu quero no mundo de errantes
Respondo que me interessa dizer coisas não ditas
E andar como Camões nos nunca dantes
Já que navegar sempre foi preciso em Portugal
Fugi para o Brasil no saco do meu pai
E ele me enfiou na minha mãe. Que tal?