Milagres do Vento

As mãos suaves, véu do tempo

Em azul esvoaçante

Dunas de um deserto em brasas

Onde sopra o minuano, canto ancestral

Desejo lancinante, arde

Dói tempo e distância, desaba o temporal

E balança o pé da roseira

Vermelha, sensual

Espinheira e seda

Paradigma paradoxal

Milagres do vento, que se espera

Óleo sobre tela