CAMINHOS DA VIDA
(Sócrates Di Lima)
Há estradas que eu percorro,
sem saber para onde vai,
mas, há estradas que delas eu corro,
por que nem sei, aonde sai.
Há estradas sem horizontes,
Das quais eu não me refugiu,
há estradas aos montes,
Das quais eu me esguio.
Há estrada que começa numa trilha,
Faz-se caminho e se torna extensa,
essa estrada em minha alma brilha,
Nela anda um amor que me compensa
Há estrada que me leva aos céus,
Outras ao inferno,
Mas, o que me importa é que não ando ao léu,
Estrada ruim fica desenhada no caderno.
Há uma estrada que divinamente trafeguei,
Indo e vindo de um lugar,
Nela eu me realizei,
Fui estradeiro de um doce amar.
Há estrada que me leva onde desejo ir,
E traz-me de volta de sutis abraços,
A qual um dia deixei de seguir,
E assim, este caminho não mais eu traço.
Mas, não deixa de ser, uma bela estrada,
Nem tão pouco, deixará!
Contudo, sempre será lembrada,
Como uma doce estrada, e assim, será.
Tantas outras eu segui em frente,
Mas, nela não mais voltei,
Outras ficaram na minha mente,
Por onde, sequer seguirei.
E assim, das tantas estradas que trafeguei,
Sempre levei e trouxe o amor comigo,
E por mais que eu siga outras que, ainda, seguirei,
As que segui, jamais me foram castigo
E, por onde eu trafegar,
O amor e a saudade sempre haverá de acontecer,
Nelas, eu sempre haverei de amar,
Até o dia em que em um delas, morrer.