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MÃOS
(Sócrates Di Lima)

Mãos que afagam e embala um sonho,
Mãos que acariciam, tocam, amparam.,
Mãos que enxugam um rosto tristonho,
Mãos que juntas pedem, imploram.

Mãos que empunham bandeiras,
Mãos que socorrem piedosas.,
Mãos que abrem trincheiras,
Mãos que escondem a face na guerra pavorosa.

Mãos que atiram pedras na inocência,
Mãos que se estendem para levantar.,
Sãos as mesmas mãos quem emplacam a violência,
Mãos criadas para matar.

Mãos que seguram e embalam o nascituro,
Sãos as mesmas mãos que descem ao ataúde.,
Mãos que prevêem obscuramente o futuro,
São as mãos que seguram uma caneta contra a saúde.

Mãos que roubam, furtam, manejam fraudes,
São as mesmas mãos que cavam a terra e a semeia.,
Dão a vida, cuidam da vida, tiram a vida com maldades,
Que s e quer chegam perto das mãos que a face tateia.

Mãos que buscam o sentido da vida em outras mãos,
São cheias de vida, esperança de prazer.,
Mas somente quem ouvr uma estrela em canção,
Faz mãos de amor, e se faz por merecer.

As mãos que fez no deserto,  tanta cura,
Fez também a multiplicação de peixe e pão.,
E numa cruz cravadas vedes que um corpo segura,
São as mãos do Cristo que também segura o meu coração.

 
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Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/06/2015
Código do texto: T5267624
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