A Flor da Canção
Olhei de lado em mais de um soslaio
De um toque, um beijo e uma visão
O fogo pálido que aquece um desvairo
Também aquece uma certa solidão
Toquei de lado e sábio um vocábulo
De uma frase, um construto de canção
Do aforismo que anuncia um decábulo
De coisas ditas regras de uma paixão
Beijei o rosto em meio a um desgosto
Beijo de quem dá muita compreensão
Beijo de gosto que te dei no seu rosto
Beijei porque me disse assim o coração
Ah bela menina, fosse assim a sua rima
Tal qual a realidade fosse acima da ilusão
Mas é que no peito logo na parte de cima
Insiste a sina de um afã de ser por libertação
A Flor querida que patina me querendo
Pisar de pés enquanto baila a emoção
Tão talentosa com um pensar colendo
Mas o que posso lhe dar é uma canção