Meu sonho poente
É uma nau em mar aberto,
É uma infinidade de direções
E eu não ter qualquer navegação em minha rota desnorteada.

Deixo-me ao fluxo e refluxo,
Contemplado o florir das marés dos navegadores e náufragos,
Sentindo a insipidez de ambos,
Em meus  sentidos enevoados.

O mar é lindo, os ares e as terras,
O belo é a nossa sintonia contingente com tudo,
É unirmos tudo que já existe numa ilusão de que algo é inédito,
Como se não fôssemos comuns por diferenciações que são ilusões
Do nada dentro do nada.

Navegamos no mesmo barco,
e ao retirarmos um pouco da madeira para acendermos o nosso pequeno fogão,
escolhemos conscientes por nosso desejo suicida.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 04/06/2015
Reeditado em 05/06/2015
Código do texto: T5266540
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