A maior riqueza

Eu aprendi com o meu tio

na mocidade a ver as horas,

com muita gente a trocar as bolas

e nos acertos a destrocar.

Aprendi na indigestão

não mais comer pra agradar,

não mais a toa então sorrir

se a piada não engraçar.

Aprendi com o ego alheio

se não me vê, também não vejo.

Nas futilezas que possuir

não são nada sem conquistar.

Eu aprendi ao me ouvir falar

... Que as vezes mais se diz

com a voz calada e muda

em introspecta reflexão

a frase mais sábia, então.

Eu aprendi com o perdão

não o alheio, mas o auto pois,

conseguirei o que almejo

a paz sim, felicidade não.

Ou talvez quem sabe os dois?

Aprendi que o amor

não está em esperá-lo

em buscá-lo ou iludi-lo

nos filmes e na carência

nos objetos e aparência

na solidão ou multidão.

Aprendi que com o orgasmo

que quando nós gozamos

juntos ou alternados

de vez em sempre ou de vez em quando

outrora eu outrora você

amor não deve ali morrer.

El Moura
Enviado por El Moura em 04/06/2015
Reeditado em 26/12/2020
Código do texto: T5266139
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