A maior riqueza
Eu aprendi com o meu tio
na mocidade a ver as horas,
com muita gente a trocar as bolas
e nos acertos a destrocar.
Aprendi na indigestão
não mais comer pra agradar,
não mais a toa então sorrir
se a piada não engraçar.
Aprendi com o ego alheio
se não me vê, também não vejo.
Nas futilezas que possuir
não são nada sem conquistar.
Eu aprendi ao me ouvir falar
... Que as vezes mais se diz
com a voz calada e muda
em introspecta reflexão
a frase mais sábia, então.
Eu aprendi com o perdão
não o alheio, mas o auto pois,
conseguirei o que almejo
a paz sim, felicidade não.
Ou talvez quem sabe os dois?
Aprendi que o amor
não está em esperá-lo
em buscá-lo ou iludi-lo
nos filmes e na carência
nos objetos e aparência
na solidão ou multidão.
Aprendi que com o orgasmo
que quando nós gozamos
juntos ou alternados
de vez em sempre ou de vez em quando
outrora eu outrora você
amor não deve ali morrer.