O que sobrou do descuido
Da janela de sua casa ela via o vale,
Via as águas se esbaldarem no contra senso,
E as fagulhas vermelhas por ela passava,
Como um fio de seu mais triste pensamento.
Um lugar muito sombrio e desesperador,
Mais era ali que agora ela morava,
Não tinha mais nenhuma esperança,
E de repente nem o sol ela avistava.
Seu amor se esvaiu no olhar,
E naquele momento obscuro ficou,
Era um momento particular,
Dividido com a sua dor.
Uma linda sereia encantada,
Navegando em um vale arredio,
Cuja cama era um cadáver,
E cuja vista me dá arrepio.
Perdeu-se no seu próprio cuidado,
Deixando seu amor sempre lhe esperando,
Que cansado de tanto esperar,
Seu carinho por ela foi mudando.
Carinho e cuidado,
Foi o que ele sempre desejou,
Mais ela preferiu o vale,
E agora prova de seu desamor.