Confissão
Eu confesso que as formas do mundo são tão belas e estou preso sem essência e não tento soltar-me.
Eu confesso que o canto dos pássaros é mais doce que a sinfonia celestial, dedilhada por arcanjos, pois consigo ouvi-lo.
Eu confesso que meu coração está sujo da tinta do último poema: doce, consistente, íntima...
Eu confesso que estou tão preso à vida a ponto de esquecer o que os olhos não vêem, os ouvidos não ouvem, as mãos não tocam, o que não sinto o cheiro e não me chega ao paladar!