Cupido
Peralta é meu coração sempre esguio,
Fugindo arisco da flecha invenal.
Do macabro cupido que lambe o fio,
E dispara no meu coração imortal.
Então sem saída, coloco-me gentil
Nas mãos de quem o cupido ordena.
Mas a flecha é arma medonha e vil,
Que a minha pobre vida condena.
E assim continuo a saga em tropel,
Entregue abatido ao destino cruel,
Daqueles flechados pelo cupido.
Tuas asas de anjo não são celestes!
Cupido, se fostes criatura que preste,
O meu coração não teria ruído!
IGOR TENÓRIO LEITE
21/02/2006