Depende do ponto de partida
Assim caminha a humanidade, sem eira e nem beira.
Olhos altivos e soberbos, homens que sorri entre os dentes!
Carregam nas mãos punhais e em presença nos dão flores!
Não sei em quais fins querem chegar! Assim caminha a humanidade, na beirinha da eira, morrem-se aos poucos na beira.
Os fins do caminho são muitos e um deles chama-se a morte!
Humanidade sem eira e nem beira, não beira a Deus mas nem em beira!
Carregam fardos feitos por si mesmos e orgulhosamente,
cospem a ajuda de quem, talvez, o mesmo fardo sustenta!
E depois, vergonhosamente, despem-se das máscaras, apagam as luzes, abaixam o pano, desmontam o palco!
Humanidade hipócrita, sem eira, sem beira, sem verdade e sem
o encanto que deveria compor o maior espetáculo do mundo!
Simplesmente ser o que é e parar de inventar moda, vestindo-se mal e colocando indumentárias sem cor em quem nasceu pra andar vestido de arco-íris.
Há, ainda, corações bordados pela essência de Deus!