Amor sem notas, nem flores!

Notas cativas... de amor.

Eram sempre as que embalavam o sentimento em dor.

Flores caídas... pétalas sem cheiro.

Eram sempre as que lembravam o amor passageiro.

Vozes sem eco... sentimento inaudível.

Eram sempre sugados pelo silêncio insolúvel.

Ela... sempre em prantos inexplicáveis.

Era o rio que corria para enxugar os abraços desejáveis.

Ele... sempre intrépido.

Era sempre o culpado pelo sentimento perdido.

Foram-se as notas;

Também as folhes;

Mas ficou o amor com pouca voz,

Para, talvez, corresponder-se pelos entre-olhares,

Ou, quem sabe pelas palavras em sentimentos-digitais.

Rubens Martins
Enviado por Rubens Martins em 01/06/2015
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