Negligência
Há um lado negligente
no passar dos dias meus,
uma demora inquietante
do novelo do barbante,
prendendo minha nostalgia.
Há uma curva nessa espera,
uma falta de atitude,
e ao passar a primavera,
me esbarro num verão,
que de nada me adianta.
Meus defeitos proliferam
e viciam meu viver,
meu querer está aquém,
do além de outro porém,
daquilo que poderia ter.
A negligência a comandar-me
dita normas sem sentido,
então por incompetência,
minha matemática falha,
e me perco do caminho.
Novamente não encontro
um denominador comum
nessa fração já tão quebrada,
assim volto ao ponto de partida,
buscando a exatidão do nada.
01/10/12