MEU PIOR PATRÃO:

Em nosso cotidiano a busca pelo sucesso, pela Ascensão pessoa, é bastante robusta, quando começamos nos entender de gente, logo deixamos aflorar o sentimento de ambição na busca de um bom emprego e, sucesso profissional. E ao almejarmos tal objetivo. Como seres humanos, nunca estamos realizados, sempre ambicionamos voos maiores, assim sendo, não poderia ser diferente com o nosso protagonista.

Que ainda garoto, começou trabalhar, o salário, nossa, quase simbólico, porém necessário para suprir suas necessidades de adolescente, cinema, barzinho, chocolates e etc. Era um pouco escravo, más quando não queria ir, pronto, não havia muita responsabilidade, patrão não metia medo, a liberdade era o foco, o seu porto seguro.

Já crescido... Bom, legalmente reconhecido como legitimo trabalhador, ainda assim, seu patrão não podia de fato escraviza-lo. Protegido pela lei, mesmo que de maneira opaca, contudo tinha direitos às férias, fins de semana com a família, assistência médica, sem contar os vários feriados anuais, bem como direitos adquiridos como sendo: 13º salário, terço de férias, salário família, etecetera e tal.

Depois de crescido físico e financeiramente. Não mais era um reles empregado e sim, um bem sucedido empregador, pasmem começava conhecer o pior patrão que podia conhecer, deveras. Não lhe dava direito às férias, décimo terceiro? Nem pensar, não podia mais adoecer, tampouco viajar nos fins de semana, nunca mais teve o prazer de dirigir seu possante, família? Agora eram segundo plano, seus sonos e sonhos, perderam-se na solidão da noite, mora hoje em um avião, sua pátria é o mundo, o paladar estrangeiro, seu mundo? Restrito e ilusório.

Enquanto descobria que somos os nossos piores patrões, perdia-se no mundo nefasto do fugaz poder material que aprisiona a alma e o corpo físico, numa pérfida sensação de felicidade...

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 01/06/2015
Código do texto: T5262431
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