A última poesia!

O dia chegara. Logo se dissipou no tempo-hora.

A noite seria curta.

Foi insônia (...) dormiu acordado.

Era sua partida! Surgiria o Adeus.

Face a face o amor tocou!

O coração chorou!

A vida passou!

O amor ficou, ficou gravado.

Sedento, os olhos verteram as últimas lágrimas em presença.

Psiu! (...) silêncio!

O coração agora falaria em mudo-pulsante.

Face

a

Face

Ficou a última poesia: a do olhar-adeus!

O adeus sem palavras, mas coração-olhos.

De olhos que jamais se desencantarão pelo silenciamento.

Cada vez que o horizonte se descortina

O coração ainda chora, chora o amor vivido.

E o adeus foi a última poesia.

E aqui ainda vive um coração!

Rubens Martins
Enviado por Rubens Martins em 01/06/2015
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