ALMA ADORMECIDA
Luzes apagadas da alma
Onde as trevas se adensam,
Onde a intolerância impera
E ante as agressões condenam!
Alma adormecida, sonolenta
frente às farpas da cólera,
Sem os algodões da brandura,
Do amor e da paz suplicante!
Alma desapegada, inconsciente
Envolta nos turbilhões da vida
Jaz inerte, em esquecimento,
Cultiva nos cantos os lamentos!
Dormente, não vê as lágrimas,
Carece de compaixão e ternura
Rígida perante as torturas,
Sem doar um doce e meigo olhar!
Deixa que o Mestre se revele
por tuas palavras e por tuas mãos...
Acorda! Alimenta a divina presença
Pelos teus passos e sem licença...
Alma adormecida, esqueça-te agora,
Vem até o teu irmão para servir,
Amparando as humanas dores
por todo recanto onde tu fores!