paraíba turmalina

não sou capaz de cantar meus versos perante tanta gente.

só quem os conhece e os recita é minha gaveta.

decerto, sou um poeta com estilo sibilante,

com fenestra escancarada a espreitar os visionários

cânones universais arrebatados da estante – de especial maneira,

os portugueses de renome conhecidos, ou nem por isso,

e sobretudo os brasileiros – os de outrora e os de agora –

os quais quero pactuar – imitar, sem os falsificar.

minto sem engano, sinto quando finjo.

para ser franco, uso de razão. já o disse e repito: não faço poesia

[faço versos sem estro – aprecio

o que eu não tenho …………………………………................................

e busco. sou um pobre de um nada que do nada,

a paraíba turmalina – esquecimento em estagnado –

[com aptidão e avidez, arranco.

30/07/2008 – Salvador.

Poesia classificada como finalista no Concurso de Poesia Contemporânea 2014, publicada na Antologia – Concurso de Poesia Contemporânea 2014 pela Editora COMUNNICAR. Uma realização da Contemporânea – Projetos Culturais.

Sandra Eveline Medeiros
Enviado por Sandra Eveline Medeiros em 30/05/2015
Reeditado em 19/09/2015
Código do texto: T5260364
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