Das convicções que não tenho

Por onde a cegueira me vem

procuro uma fresta qualquer

que possa enxergar um porvir,

num raio de luz quase nulo.

Do cais desse porto em ruínas

aceno um adeus desconexo,

recosto no umbral da espera,

nas eras que o tempo escorreu.

Atônito refaço os caminhos

bordando uma túnica do bem,

pautando uma história melhor,

vou rezando pra não fenecer.

18/11/12

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 29/05/2015
Reeditado em 18/07/2015
Código do texto: T5259119
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