Das convicções que não tenho
Por onde a cegueira me vem
procuro uma fresta qualquer
que possa enxergar um porvir,
num raio de luz quase nulo.
Do cais desse porto em ruínas
aceno um adeus desconexo,
recosto no umbral da espera,
nas eras que o tempo escorreu.
Atônito refaço os caminhos
bordando uma túnica do bem,
pautando uma história melhor,
vou rezando pra não fenecer.
18/11/12