A busca

Natal/RN

27/05/2015

As 14hrs

Neila Costa

Vivemos sempre em busca de alguma coisa que não sabemos o que é, como por exemplo, quando se compra pão e não se tem o café, vamos em busca do café; além do pão e do café, queremos outras coisas a mais, como o leite, o açúcar, até que ao voltarmos o olhar à mesa, sentimos que ainda falta mais alguma coisa… frutas, flores! Sempre falta algo mais. O que será essa ausência intermitente e essa busca incessante, que deixa o nosso Eu desconcertado e tímido! Ha sempre essa carência dentro de nós que não sabemos do que é e, dessa falta, saímos à procura, por caminhos imaginários, principalmente, quando o nosso interior implora. Será ele infido as nossas virtudes? Para que serve essa busca e em que lugar ela se esconde?!Para que serve esse vazio dentro da gente, que parece balbuciar dentro de nós:venha,venha…constantemente! Viverá ela em nós até ficarmos velhinhos!O que será esse psiu penetrante, que nos deixa desconcertante, que diz baixinho, estou aqui e a gente nunca chega lá!O homem não se completa sozinho, quando encontra a sua metade, sente que falta alguma coisa em sua vida, por que? E assim, o tempo vai passando sem encontrarmos o que buscamos(ou será, o que nos faz buscar) e nunca saberemos em que lugar, fez seu ninho. Vem os filhos, netos, e continuamos com essa loucura de sairmos em busca de alguma coisa que nos falta, alguma coisa que achamos que vai nos completar mas, que não sabemos o que é, e se vem ou não vem e, onde podemos encontrá-la! Essa busca, se estende a todas as raças e classes sociais. Acredito, que o que nos falta, não está no mundo, como que na fantasia de uma noite alegre e animada, no encontro com amigos na praia, no retorno à família após uma viajem, em compras de novas vestes, no namorado ou marido, apaixonado. Sinto-a como a terra prometida, como o sonho estendido, como a morte vencida!

Essa coisa que nos falta, essa ausência permanente, instigante, provavelmente impalpável, de existência determinante, a quem nunca deixamos de ir à procura, pode estar longe ou bem perto, como em algum lugar extremamente especial, de nós mesmos.