Devaneio numa tarde Fria
Nessa tarde gelada,
o frio que me corrói,
não sangra minhas veias.
Fraco, porém fico.
Tua presença
me cura como
se eu estivesse à beira da morte.
Minha respiração,
imperceptível à olho nu,
denuncia o que todos já sabem.
Quem se pode enganar
quando o soluço vem
só em pronunciar o nome de quem partiu?
Ah, raivosas e inconsequentes
são essas pessoas que se viciam de amor.
A pior droga é o amor,
afinal, quem dele se torna escravo,
não lutará para dele se livrar. O amor,
derradeiro destino dos amantes,
não precisa de grandes projetos;
viver por amor, eis! o que interessa.