Sobre o ódio
O ódio é bobo, bocó
se enverga em si mesmo
dá nó
O ódio mata o tempo, a vida
inseto, parasita, terrorista!
Tapa o sol, cobre tudo...
Cobra!
O ódio é traiçoeiro
envenena mais que o veneno
tem cara brava, não tolera nada
Ai de quem faça dele seu travesseiro...
Ódio sujo, ódio vil
mata irmão, mata irmã
faz esquecer, faz remoer
não leva a nada, é senil
ensimesmado, mimado
Mas como é gostoso
livrar-se deste encosto
perdoar o imperdoável
alívio imediato!
Tenaz por natureza
o ódio volta como onda
faz esquecer, faz remoer
não esqueça, não remoa
fecha a porta, canta e dança…