Som de pedra e rio
É som de pedra que água lava
que água leva
que leve vai
É som de ai e dom de sim
É dor que dói
É som que rói
São dentes que mordem
A pele da canção e extraem sangue
A pedra sangra som de rio
A água chora dor de rio
E leve como redemoinho
Vai-se pelo caminho
Entra-se na superfície da pele
A poesia do poeta
que empresta-lhe
as margens dos olhos
para serem percebidas
Flor que brota na água, viva
Água que põe pra fora a emoção