NAQUELA CAMPA!

Naquela campa está

Quem um dia me deu vida

À espera de que eu vá

Um dia também pra lá

Porque a morte é destemida!

E na campa há um dizer

De saudade e amor profundo

Daquela que me deu o Ser

E nunca irei esquecer

Nem por nada deste mundo!

Tem à sua cabeceira

Uma jarrinha florida

Rosas da minha roseira

E o luar da noite inteira

Por estrelas…absorvida!

Tem um livro a preto, escrito

Com um verso pincelado

Porque o destino maldito

Quis levá-la ao infinito

E mudar este meu fado!

A seus pés, há outra jarra

De flores artificiais

Como o canto da cigarra

É esta história que narra

Todo o pesar em meus ais!

Até a sua fotografia

Ficou para a recordar

Porque a minha nostalgia

Dos meu olhar não fugia

Fazendo-me sempre…chorar!

Certa hora num caixão

Ela aguardará por mim

E de igual nesse chão

Morrerá meu coração

Porque a vida é…mesmo assim!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 26/05/2015
Código do texto: T5255361
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