NAQUELA CAMPA!
Naquela campa está
Quem um dia me deu vida
À espera de que eu vá
Um dia também pra lá
Porque a morte é destemida!
E na campa há um dizer
De saudade e amor profundo
Daquela que me deu o Ser
E nunca irei esquecer
Nem por nada deste mundo!
Tem à sua cabeceira
Uma jarrinha florida
Rosas da minha roseira
E o luar da noite inteira
Por estrelas…absorvida!
Tem um livro a preto, escrito
Com um verso pincelado
Porque o destino maldito
Quis levá-la ao infinito
E mudar este meu fado!
A seus pés, há outra jarra
De flores artificiais
Como o canto da cigarra
É esta história que narra
Todo o pesar em meus ais!
Até a sua fotografia
Ficou para a recordar
Porque a minha nostalgia
Dos meu olhar não fugia
Fazendo-me sempre…chorar!
Certa hora num caixão
Ela aguardará por mim
E de igual nesse chão
Morrerá meu coração
Porque a vida é…mesmo assim!