Porto Guaíba

Livre, como potro nas coxilhas,
sinto que corre em tuas margens
o frio Minuano.

Além, estão as esquinas que ouviram
o lamento dolorido de Lupicínio*
e que, agora, ofertam-me a dádiva
de escolher por tantos caminhos.

Porto distante do porto que habito.
E, ainda assim, é casa que me abriga
qual acalanto de canção antiga.

 
Ao amigos e amigas de Porto Alegre RS. Para Bibiana, com carinho.

* Homenagem pouca ao grande Lupicínio Rodrigues.


Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, outono de 2015.