Linhas

Linhas,

Essência da simetria,

Essas mesmas linhas cortam minhas mãos

Edificando a fisiologia de minha identidade

Etiquetando os esforços de minha existência,

Ela se desenrola do carretel do tempo

Gradativamente

Para se enrolar em minha face

Como contrapeso de minhas emoções,

Na mesma sincronia

Minhas têmporas doam linhas para o tempo

Desvanecendo a pigmentação da juventude,

As minhas mãos roubam

As linhas desse caderno

Enquanto o caderno rouba

A linha do meu tempo,

O meu poema rouba

A linha que seus olhos

Contornam nessas palavras

No mesmo tempo em que você rouba

A linha de pensamento do poema,

Nas linhas imaginárias nos localizamos

Enquanto nas linhas concretas nos costuramos,

A natureza movimenta-se em simetria

Para celebrarmos o total embaraço da vida.

Leandro Tostes Franzoni
Enviado por Leandro Tostes Franzoni em 25/05/2015
Reeditado em 25/05/2015
Código do texto: T5254318
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